ABSTRACT
Introdução: vários fatores interferem de maneira significativa na escolha da via de parto. No início da gravidez a maioria das mulheres indica preferência pelo parto normal, entretanto, a maior parte termina por fazer a cesárea. No Brasil, 55% dos partos realizados são cesáreas e há um predomínio deste tipo de parto, especialmente no sistema privado de saúde. Objetivo: compreender as expectativas de acadêmicas de Psicologia que nunca passaram pela experiência de parto, sobre as vias de parto. Metodologia: foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado de autoaplicação individual com questões abertas referentes a expectativas em relação ao parto. A pesquisa configura-se como um estudo qualitativo e para análise de dados foi utilizada a análise de conteúdo. Resultados: participaram da pesquisa 109 mulheres, com média de idade de 22,7 anos, desvio padrão de 4,6, que nunca passaram pela experiência de parto. Estas mulheres demonstraram esperar, principalmente, uma assistência médica de qualidade, desejavam o parto normal por este possibilitar uma recuperação melhor e mais rápida, afirmaram sentirem medo que haja complicações e sofrimento no parto e tinham medo da dor. Conclusão: é necessário fornecer à mulher mais informações, apoio e suporte no momento da escolha da via de parto.
Introduction: various factors significantly interfere in the type of delivery choice. At the start of a pregnancy, the majority of women indicate a preference for a normal delivery, however, a greater part end up having a caesarean delivery. In Brazil, 55% of deliveries performed are Caesarean, and there is a predominance of this type of delivery especially in the private health care system. Objective: to understand the expectations of Psychology students who have never gone through the experience of delivery regarding the types of delivery. Methodology: a self-administrated semi-structured questionnaire with open questions regarding expectations relating to delivery was utilized as a data collection instrument. The research was configured as a qualitative study, and for the data analysis, content analysis was utilized. Results: the participants were 109 women, averaging 22.7 years old with a standard error of 4.6, who never passed through the childbirth experience. These women hoped, principally, for quality medical assistance, and wished for this to enable a better and faster recovery from normal delivery. They stated that they feared that there would be complications and pain during the delivery, and that they were afraid of the pain. Conclusion: it´s necessary to provide more information and support to the woman when choosing the type of delivery.